A Bahia ocupa a terceira colocação entre os estados com o menor rendimento médio do Brasil, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, a renda média mensal dos trabalhadores baianos é de R$ 2.140, ficando à frente apenas do Maranhão e do Ceará, que registraram rendimentos ainda mais baixos.
Os números fazem parte da publicação “Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2025”, divulgada pelo IBGE no início de dezembro. O estudo considera o rendimento médio de todos os trabalhos, incluindo ocupações formais e atividades extras exercidas pela população economicamente ativa.
Segundo o relatório, apenas Maranhão e Ceará apresentam rendimento médio inferior ao da Bahia, com valores de R$ 2.051 e R$ 2.053, respectivamente. O dado reforça um cenário de fragilidade econômica que persiste no estado, governado há quase duas décadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Quando analisado exclusivamente o rendimento dos trabalhadores empregados formalmente, a situação também é preocupante. Os baianos recebem, em média, R$ 2.086 por mês, o quarto menor salário médio do país. A Bahia fica atrás apenas do Maranhão (R$ 1.994), Ceará (R$ 2.014) e Piauí (R$ 2.084).
Para efeito de comparação, o Distrito Federal lidera o ranking nacional, com rendimento médio de R$ 5.037. O valor considera trabalhadores com vínculo formal e aqueles que acumulam outras fontes de renda, evidenciando um abismo socioeconômico entre as unidades da federação.
Os dados do IBGE escancaram uma realidade que afeta diretamente a qualidade de vida da população baiana. Mesmo sendo um dos estados mais populosos do país, a Bahia segue figurando entre os piores indicadores de renda, refletindo dificuldades estruturais no mercado de trabalho, baixa remuneração e desafios persistentes na geração de emprego e renda ao longo dos últimos anos.

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